terça-feira, 30 de novembro de 2010

Referenciais

"Se a sua casa pegar fogo, aproveite para se aquecer."
Provérbio espanhol



"Mais vale uma pequena chama em que se aqueça do
 que um grande fogo em que se queime."
Provérbio Escocês

A Natureza é a criadora do homem
e o homem é o destruidor da natureza.

Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

domingo, 7 de novembro de 2010



    
    
    
    
    
       


sábado, 6 de novembro de 2010

mas é preciso arriscar...

« (…) Já sete horas”, disse para consigo ao ouvir de novo o despertador, “já sete horas e um nevoeiro destes.” E durante uns instantes ficou quieto, respirando baixinho, como se esperasse do silêncio absoluto a reposição da situação real e natural. (…) preparou-se para balançar o corpo a todo o comprimento, fazendo-o cair assim de uma vez de cima da cama. Se se deixasse cair desta maneira, a cabeça, que ele levantaria ao máximo ao tombar, não devia sofrer nada. As costas pareciam ser duras, e não lhes aconteceria nada se caíssem em cima do tapete. O que mais o preocupava era a ideia do estrondo que isso iria provocar, e do susto, ou pelo menos da preocupação que tal baque iria causar atrás de todas as portas. Mas era preciso arriscar. (…)» (“A Metamorfose”, Franz Kafka)


Mas é preciso arriscar... e tu, o que estás disposto a arriscar?

    O calor é intenso, não é o fogo que me assusta, mas sim a ferida, que irá ficar dentro da minha alma, irá queimar o meu desejo de fugir daquele espaço, e magoar a esperança de encontrar uma nova vida atrás da cascata de fogo presente aqui mesmo, a minha frente.
   O fumo cega-me, tirando a possibilidade de eu desviar, voltar para trás.
   Mas eu tenho de arriscar, para conseguir o que quero e preciso mas nunca fugir como todos fazem. Tenho que dar um paço em frente para ultrapassar esse grande manto de fogo. E tenho a certeza que irei encontrar o que quero ali atrás. Uma novo mundo que só se torna real no meu pensamento, onde tudo o que eu sonhei se torna visível, real, possível.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Pedro, o grande"

Em ourivesaria tivemos que escolher uma jóia para apresentar a turma. Eu escolhi uma peça da Antiga Rússia (Rússia Czarista) porque queria mostrar um pouco da minha terra e algumas tradições.




Eu escolhi os Fabergé, pois eram joalheiros Russos de descendência Francesa muito conhecidos Na antiga Rússia e ate agora. Estes tornaram-se famosos pelos seus objectos de artes (ovos Imperiais entre outros).

Porque ovos?
A Pascoa era muito especial na Rússia Czarista. Eles presenteavam-se com ovos, que representavam a «nova vida que surgia, o renascer das esperanças. O povo trocava entre si ovos pintados enquanto a família real e os nobres trocavam ovos em ouro.



“Pedro, o grande”
Data: 1903
Historia: Kzar Nicolau II encomendou para oferecer a sua mulher Alexandra Feodorovna.
Estilo: Rococó
Materiais: Ouro verde, amarelo e vermelho, platina, diamantes, rubis, esmalte, cristal de rocha
Tamanho: 11 cm diâmetro
Museu: Belas Artes EUA

O ovo foi feito para celebrar o Bicentenário da cidade de São Petersburgo. O ovo aos lados tem duas miniaturas do Kzar Nikolau II e Pedro, o Grande (fundador da cidade de São Petersburgo). As miniaturas são para comparar o “antes” e o “depois” da cidade.

As curvas são definidas com diamantes e rubis. O corpo do ovo é coberto por folhas de louro e por cima 14 quilates de ouro verde.
A volta do ovo estão fitas a descrever a vida dos dois reis.
Em cima do ovo esta uma coroa que significa “o real/realeza”.
Em frente e atrás estão mais duas miniaturas em aguarelas do Palácio de Inverno e cabine de registos do Pedro, o Grande.


Com o ovo aberto, um mecanismo que levanta uma miniatura do Pedro, o Grande que fica a frente do Rio Neva, São Petersburgo.