sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Aula experimental de Cerâmica

Pastas cerâmicas

Barro vermelho – pasta de baixa temperatura (menos de 1000º porque pode fundir), é muito húmido e com o tempo fica mais pequeno (cerca de 10%), mais leve e mais claro. O barro seca a 550º.


Ferramentas

Lambugem - barro com agua que serve de cola
Serrilha – para uniformizar e cortar o barro
Faca – cortar o barro
Teque de escovar e teque de modelar – modelar o barro
Fio garrote – cortar o barro
Madeira de 7 mm de espessura – serve de régua
Rolo de massa – fazer lastras ou placas
Rim – uniformizar as superfícies



Técnicas de modelação

Bola
Começamos por modelar o barro em forma de bola.
Metemos o polegar e perfuramos a bola, depois fazemos força com o polegar contra os dedos para estreitar a espessura das paredes da bola.


Lastra
Colocamos uma régua em cada lado do barro.
Com o rolo de massa, rodamos ao barro, temos que virar sempre porque cola a mesa.
Usamos o rim para uniformizar a superfície
Cortamos a lastra com a faca para formar um cubo.
Montamos o cubo.
Unimos com a lambugem


Rolos
Dividimos o pedaço de barro em bocados mais pequenos.
Alongar com os dedos.
Rodar (forma de rolo) com a palma da mão, fazer vários.
Utilizar a técnica da lastra para a base
Fazer incisões, por lambugem e colocar o rolo ate fazer uma peça.


Vazamento
Cortamos ao meio com um garrote a peça, faz-se uma marca para quando juntarmos.
Marcamos com a serrilha 1 cm de afastamento da”parede” do barro.
Usar o treque para escavar o barro.
Moldar as paredes com o teque de moldar
Fazer incisões em toda a volta do 1 cm e colocar lambugem
A toda a volta da peça fazer incisões (para não estalar)

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Referenciais

"Se a sua casa pegar fogo, aproveite para se aquecer."
Provérbio espanhol



"Mais vale uma pequena chama em que se aqueça do
 que um grande fogo em que se queime."
Provérbio Escocês

A Natureza é a criadora do homem
e o homem é o destruidor da natureza.

Amor é um fogo que arde sem se ver,
É ferida que dói, e não se sente;
É um contentamento descontente,
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade;
É servir a quem vence, o vencedor;
É ter com quem nos mata, lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?

Luís Vaz de Camões

domingo, 7 de novembro de 2010



    
    
    
    
    
       


sábado, 6 de novembro de 2010

mas é preciso arriscar...

« (…) Já sete horas”, disse para consigo ao ouvir de novo o despertador, “já sete horas e um nevoeiro destes.” E durante uns instantes ficou quieto, respirando baixinho, como se esperasse do silêncio absoluto a reposição da situação real e natural. (…) preparou-se para balançar o corpo a todo o comprimento, fazendo-o cair assim de uma vez de cima da cama. Se se deixasse cair desta maneira, a cabeça, que ele levantaria ao máximo ao tombar, não devia sofrer nada. As costas pareciam ser duras, e não lhes aconteceria nada se caíssem em cima do tapete. O que mais o preocupava era a ideia do estrondo que isso iria provocar, e do susto, ou pelo menos da preocupação que tal baque iria causar atrás de todas as portas. Mas era preciso arriscar. (…)» (“A Metamorfose”, Franz Kafka)


Mas é preciso arriscar... e tu, o que estás disposto a arriscar?

    O calor é intenso, não é o fogo que me assusta, mas sim a ferida, que irá ficar dentro da minha alma, irá queimar o meu desejo de fugir daquele espaço, e magoar a esperança de encontrar uma nova vida atrás da cascata de fogo presente aqui mesmo, a minha frente.
   O fumo cega-me, tirando a possibilidade de eu desviar, voltar para trás.
   Mas eu tenho de arriscar, para conseguir o que quero e preciso mas nunca fugir como todos fazem. Tenho que dar um paço em frente para ultrapassar esse grande manto de fogo. E tenho a certeza que irei encontrar o que quero ali atrás. Uma novo mundo que só se torna real no meu pensamento, onde tudo o que eu sonhei se torna visível, real, possível.


segunda-feira, 1 de novembro de 2010

"Pedro, o grande"

Em ourivesaria tivemos que escolher uma jóia para apresentar a turma. Eu escolhi uma peça da Antiga Rússia (Rússia Czarista) porque queria mostrar um pouco da minha terra e algumas tradições.




Eu escolhi os Fabergé, pois eram joalheiros Russos de descendência Francesa muito conhecidos Na antiga Rússia e ate agora. Estes tornaram-se famosos pelos seus objectos de artes (ovos Imperiais entre outros).

Porque ovos?
A Pascoa era muito especial na Rússia Czarista. Eles presenteavam-se com ovos, que representavam a «nova vida que surgia, o renascer das esperanças. O povo trocava entre si ovos pintados enquanto a família real e os nobres trocavam ovos em ouro.



“Pedro, o grande”
Data: 1903
Historia: Kzar Nicolau II encomendou para oferecer a sua mulher Alexandra Feodorovna.
Estilo: Rococó
Materiais: Ouro verde, amarelo e vermelho, platina, diamantes, rubis, esmalte, cristal de rocha
Tamanho: 11 cm diâmetro
Museu: Belas Artes EUA

O ovo foi feito para celebrar o Bicentenário da cidade de São Petersburgo. O ovo aos lados tem duas miniaturas do Kzar Nikolau II e Pedro, o Grande (fundador da cidade de São Petersburgo). As miniaturas são para comparar o “antes” e o “depois” da cidade.

As curvas são definidas com diamantes e rubis. O corpo do ovo é coberto por folhas de louro e por cima 14 quilates de ouro verde.
A volta do ovo estão fitas a descrever a vida dos dois reis.
Em cima do ovo esta uma coroa que significa “o real/realeza”.
Em frente e atrás estão mais duas miniaturas em aguarelas do Palácio de Inverno e cabine de registos do Pedro, o Grande.


Com o ovo aberto, um mecanismo que levanta uma miniatura do Pedro, o Grande que fica a frente do Rio Neva, São Petersburgo.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Apresentação

No dia  22.10.2010  foram realizadas as apresentações dos conceitos de cada aluno. Na minha opinião todas as apresentações foram interessantes, algumas cómicas, tristes e até assustadoras.
     A apresentação do meu conceito foi simples. Eu não queria elaborar uma coisa muito grande e com muitos pormenores pois tenho a certeza que isso me teria feito baralhar.
     Eu tentei mostrar o meu lado da vida mais triste e aborrecido. Aquela rapariga que não precisa de ninguém, e que esta bem sozinha. E por outro lado tentei mostrar a minha mudança/o meu acordar diferente. Durante o tempo que estava a falar, pintava a cara com as tintas preta e branca que significou a mudança.
    
    Aspectos negativos da minha apresentação: enquanto contava a minha historia, comecei a esquecer-me do texto. Tinha uma folha de apontamentos mas não me ajudou em nada, pois os nervos eram tantos que quase comecei a tremer. Também durante a parte que pintava a cara, as tintas preta e branca juntaram-se e ficou uma cor acinzentada.


“A vida é um túnel! Mesmo sabendo onde fica a saída, não a consigo chegar até ela.”



                                      

                                         http://www.youtube.com/watch?v=RdxAA1aTwJo

domingo, 17 de outubro de 2010

Ourivesaria

Resumo das aulas


1ª aula - 21.09.2010


Foi a nossa primeira aula de tecnologias, começou pela apresentação das professoras, alunos e da tecnologia que íamos exercer ao longo de 6 semanas.
Vimos um power point onde as professoras deram-nos uma breve adeia do que se tratava a ourivesaria e os seus trabalhos. Tambem vimos algumas joais feitas pelos alunos do 10º (realizados com cobre e latão) 11º e 12º anos (realizados com prata) nos anos lectivos anteriores.
Falamos sobre os materias que iriamos utilizar este ano (materiais reciclados) e sobre o problema das oficinas que estao em construção. Aprofundamos tambem algumas técnicas como a técnica de ferragem, formação e soldadura.
Depois do intervalo, na segunda parte da aula, foram-nos entregues livros de ourivesaria para tirar ideias e desenhar no diário de projecto formas livres.

Desenhos / Formas




2ª aula - 28.09.2010

Na seguanda aula de Ourivesaria, vimos um power point que monstrou-nos a evolução da joais, tecnicas e materiais a serem utilizados.
Vimos peças criadas nos seculos passados e peças dos dias de hoje.
Observamos peças de alguns artistas como: René Lalique, Louis Cartier, Vratislav Nóvac, Kai Chan...
Depois do power point, foi nos proposto um trabalho oral a apresentar na ultima aula da tecnologia. A apresentaçao consiste em descrever uma peça a nossa ecolha.
Na segunda parte da aula, foi nos apresentada uma outra proposta: realizaçao de pequenas peças a partir de materiais reciclados para nos abituarmos a trabalhar com os mesmos.

"A metamorfose das joais no tempo"


René Lalique



   
    


 Louis Cartier



 Kai Chan

         


3ª aula - 12.10.2010

No inicio, as professoras relembraram-nos sobre o trabalho da joia. Deram nos uma breve ideia dos conteudos a serem apresentados: nome da peça, dimensões, materiais, data de criação, contexto historico, conceito e função.
A seguir, nós começamos a trabalhar nas nossas três peças inspirados no conceito (o meu acordar diferente), com os materiais reciclados.



Peça Nº 1




Peça Nº 2






sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Os meus referenciais



A vida é sempre a mesma mas hoje...
...eu acordei diferente!



As cores - a maneira mais simples de representar a felicidade, a alegria, as esperanças.

“O verdadeiro homem mede a sua força, quando se defronta com o obstáculo.   Antoine de Saint-Exupéry


 "Se eu tivesse que viver minha vida novamente, eu cometeria os mesmos erros, só que mais cedo."   Desconhecido



“Quanto vive, vive porque muda; muda porque passa; e, porque passa, morre. Tudo quanto vive perpetuamente se torna outra coisa, constantemente se nega, se furta à vida.”   Fernando Pessoa

Conceito




 Hoje acordei diferente. Acordei com mais força e determinação.
Queria correr, voar, sonhar...
Sentia-me bem comigo própria. Renasci depois de ter vivido.
Não quero voltar a ser o que era, gosto do meu novo eu.
Irei descobrir o meu novo horizonte, procurar novos caminhos e criar novas esperanças.
Não quero mudar, não vou mudar.
Vou correr, voar, sonhar.


Metamorfose

Um acordar diferente

“Um dia de manhã, ao acordar dos seus sonhos inquietos, Gregor Samsa deu por si em cima da cama, transformado num insecto monstruoso.
Estava deitado de costas, sentia a carapaça dura e, ao elevar um pouco a cabeça, via a barriga arredondada, de cor castanha, dividida em faixas rígidas arqueadas, e no alto dela a coberta da cama em equilíbrio instável, quase a resvalar.
As muitas pernas, penosamente finas em comparação com a sua actual corpulência, tremiam diante dos seus olhos perplexos. (…)”

                                              “A Metamorfose”, Franz Kafka